«<i>Negócio da China</i>»<br>na CGD

So­li­da­ri­zando-se com os tra­ba­lha­dores do grupo Caixa Geral de De­pó­sitos (CGD), a Co­or­de­na­dora das Co­mis­sões de Tra­ba­lha­dores da Re­gião de Lisboa (CIL), em co­mu­ni­cado, ma­ni­festou-se contra a venda dos se­guros da CGD (Fi­de­li­dade, Cares, Cai­xa­pou­pança, OK Te­le­se­guros, Mul­ti­care, entre ou­tros) – mais de 30 por cento da quota de mer­cado do sector em Por­tugal – ao ca­pital es­tran­geiro.

«Trata-se da perda de um grupo de em­presas se­gu­ra­doras que gera lu­cros, com re­sul­tados muito im­por­tantes para o grupo CGD, e grandes di­vi­dendos para a tu­tela go­ver­na­mental como ac­ci­o­nista, sem es­quecer a ver­tente fiscal», es­cla­rece a CIL, lem­brando que a pri­va­ti­zação as­su­mida pelo Go­verno «tem mo­ti­va­ções ex­clu­si­va­mente po­lí­ticas/​ide­o­ló­gicas de fa­vo­re­ci­mento ao ca­pital pri­vado».

No do­cu­mento di­ri­gido aos tra­ba­lha­dores, a CIL re­corda ainda que esta venda foi an­te­ce­dida por uma outra, tendo sido «ofe­re­cido» um con­junto de oito hos­pi­tais e vá­rios ser­viços de saúde (cerca de oito mi­lhões de euros por hos­pital). «A CGD in­vestiu no Hos­pital de Por­timão, pouco tempo antes da ali­e­nação, um valor su­pe­rior ao preço total das oito uni­dades “ven­didas”», in­formou a CIL.

Com este «ne­gócio da China», re­fere a CIL, a CGD fica na de­pen­dência ex­clu­siva, du­rante 25 anos, de um grupo es­tran­geiro sem rosto e com uma no­tação pró­xima de «lixo» e, ob­vi­a­mente, com dé­fice de ga­ran­tias e con­fi­ança. Com 15 por cento do ca­pital, mas sem qual­quer in­fluência real na gestão fu­tura, a CGD é obri­gada a manter de­veres de co­la­bo­ração ban­cária – através da venda de se­guros – nos cerca de 800 bal­cões, mesmo de­pois dos 25 anos.




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